Participaram do encontro membros de 20 organizações do Brasil, Paraguai e Argentina. Essas organizações estão vinculadas ao Programa Social e Solidário do Mercosul e ao Movimento Agroecológico da América Latina e do Caribe (MAELA).

A necessidade de continuar a produzir bons alimentos apesar das duras condições climáticas e do abandono do setor da agricultura familiar por parte do Estado foi uma das conclusões centrais do Encontro de Organizações e Instituições da Agricultura Familiar, realizado na semana passada em San Lorenzo, cidade próxima a Assunção, no Paraguai.

Participaram do encontro membros de 20 organizações do Brasil, Paraguai e Argentina. Essas organizações estão vinculadas ao Programa Social e Solidário do Mercosul e ao Movimento Agroecológico da América Latina e do Caribe (MAELA).

Reinaldo Sanabria, membro da organização camponesa de Concepción, Paraguai, garantiu que os pequenos produtores são abandonados pelo Estado.

Por sua vez, Valentino Villarreal, do grupo juvenil ATR, acompanhado pelo incupo Santiago del Estero, explicou: “Concordámos na questão das alterações climáticas, está a afectar muito, vendo o que é a falta de água, a falta de chuva, as ondas de calor que estão tendo um impacto enorme.”

Além de compartilharem dificuldades comuns, os participantes apresentaram os avanços alcançados nas políticas públicas, como é o caso dos programas de abastecimento de alimentos e alimentação escolar.

Rosinha Alvarenga, da rede Ecovida no Brasil, explicou: “Estamos conseguindo políticas que realmente melhoram a vida da população, um programa que é de aquisição de alimentos que são comprados de agricultores e doados para organizações, para grupos que precisam . Há também outro programa de alimentação escolar que compra dos agricultores para levar às escolas.”

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos para cantinas e hospitais (PAA) prevêem a compra anual de produtos de cada família de agricultores por valores próximos a 55 mil reais, cerca de 10 milhões de pesos argentinos. Se o alimento for agroecológico, acrescenta-se 30% ao seu valor.

Por parte da Argentina, a RAOM, rede de agricultura orgânica de Misiones, apresentou sua experiência de guardiões e casas de sementes nativas e crioulas.

A construção de agendas comuns sobre temas como sementes nativas, propostas de políticas públicas que favoreçam a produção agroecológica e a comercialização de alimentos foram algumas das propostas que surgiram no encontro.


Fonte: https://agencia.farco.org.ar/noticias/en-paraguay-se-realizo-el-encuentro-de-organizaciones-e-instituciones-de-la-agricultura-familiar/

Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/11/04/en-paraguay-se-realizo-el-encuentro-de-organizaciones-e-instituciones-de-la-agricultura-familiar/

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