Clarisa Gambera, Secretária de Gênero e Diversidade da ATE Nacional, destacou que por ordem do Poder Executivo “foram fechados todos os dispositivos em todo o país”, em contradição com uma ordem judicial direta para “abster-se de reduzir recursos”. Hoje, as mulheres não dispõem de dispositivos de prevenção e dispõem de menos infra-estruturas de apoio em situações de violência.
A Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) denunciou que as áreas que não foram fechadas da Subsecretaria de Proteção contra a Violência de Gênero funcionam “apenas para emergências gravíssimas e com grande dificuldade”, apesar da decisão judicial que ordenou ao Poder Executivo “abster-se de reduzindo recursos” nesse portfólio.
A afirmação foi esta manhã de Clarisa Gambera, Secretária de Género e Diversidade da ATE Nacional, em declarações à rádio Esplêndida, nas quais sublinhou que existe uma medida cautelar da Justiça que “está em vigor” e que impede o desmantelamento de mais áreas e recursos.
O sindicalista aludiu desta forma à medida emitida pelo juiz Enrique Alonso Regueira, responsável pelo Tribunal do Contencioso Administrativo Federal 1, que concedeu parcialmente uma medida cautelar apresentada por diferentes organizações.
Alonso Regueira, embora não tenha ordenado a reintegração dos trabalhadores despedidos daquela área, decretou que o Executivo deve “abster-se de reduzir os recursos humanos e a infra-estrutura institucional da Subsecretaria de Protecção contra a Violência de Género e dos Centros de Acesso à Justiça (CAJ)”. .
No entanto, Gambera disse que, apesar da medida judicial, hoje “só a atenção à emergência gravíssima está a funcionar e com muita dificuldade”, uma vez que o orçamento está a ser subexecutado nos valores de Maio de 2024.
“Quem já sofre violência está sendo atendido com dificuldades, estamos falando da linha 144, porque os (mecanismos) de prevenção foram todos varridos. E a linha 144 tem muito menos pessoal para todo o esquema de guarda que funciona 24 horas por dia”, afirmou.
Ela acrescentou que por ordem do Poder Executivo “todos os aparelhos do país foram fechados” e questionou: “O que uma mulher faz hoje em situação de vulnerabilidade?”
“Desmantelaram quase 42 por cento dos recursos humanos que o Ministério tinha para lidar com situações de violência de género”, disse e alertou que isto contradiz “os compromissos com as leis internacionais sobre o cuidado de pessoas vítimas de violência de género”.
Fonte: https://www.infogremiales.com.ar/denuncian-que-las-areas-de-proteccion-contra-la-violencia-de-genero-funcionan-solo-para-emergencias-gravisimas-por-el- ajuste-e-vaciamiento/
Fonte: https://argentina.indymedia.org/2025/01/14/denuncian-que-las-areas-de-proteccion-contra-la-violencia-de-genero-funcionan-solo-para-emergencias-gravisimas-por-el-ajuste-y-vaciamiento/