O Plenário de Secretários Gerais do Conadu Histórico resolveu, em sua última reunião, aprofundar as medidas de força a partir de 12 de agosto, data de início do segundo trimestre deste ano, caso não haja avanços no acordo conjunto para a recuperação do salário. Alertam que os professores pré e universitários são os mais mal pagos no ensino, que já é mal remunerado em todo o país. Na semana passada, a Universidade de Buenos Aires declarou emergência salarial para seus trabalhadores docentes e não docentes.

Imagem: Lisandro Amado, para ANRed.

“Nossa carga testemunhal, comparável à do professor primário, 15 horas para o professor médio ou 12 horas para o professor que dá aulas, está hoje em 280.000 pesos (sem descontos). Uma renda miserável. A brutalidade do reajuste salarial já começa a expulsar professores que abandonam seus cargos em busca de empregos que pelo menos lhes permitam cobrir a cesta familiar. Todos os dias recebemos avisos e reclamações a esse respeito junto ao sindicato”, expressaram a Associação Sindical dos Professores (AGD) da UBA.

A AGD trouxe ao plenário dos secretários-gerais do Conadu Histórico um mandato para interromper as atividades nas escolas, faculdades e faculdades de todo o país durante a semana de 12 ou 19 de agosto, ou seja, durante a primeira semana de aulas do segundo trimestre do ano.

Entretanto, o Conselho Superior da UBA reportou uma perda de poder de compra dos seus trabalhadores de cerca de 40%. Cabe lembrar que os salários representam mais de 80% do orçamento universitário. É neste quadro que foi declarada a emergência em matéria salarial na UBA, que abrange todos os trabalhadores docentes e não docentes da universidade em todas as suas funções, incluindo profissionais de saúde e tarefas ligadas à investigação e extensão universitária.

Poucos dias antes, o Conselho Nacional Interuniversitário havia solicitado a recomposição de salários e bolsas.

Vale lembrar que a oposição dita “diáloga” no Congresso, os blocos do radicalismo, a Coalizão Cívica e um setor do peronismo recusaram-se a debater a emergência orçamentária das universidades e o restabelecimento do FONID, portanto o tratamento desta problemática foi adiado pelo menos até agosto.

Além das medidas de força previstas para o início do semestre, não está descartado avançar na convocação de uma nova marcha universitária federal para o mês de setembro.


Fonte: https://www.redeco.com.ar/nacional/masdelpais/40645

Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/07/16/peligra-el-inicio-del-segundo-cuatrimestre-en-las-universidades-nacionales/

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