O governo nacional pretende favorecer estas grandes empresas de sementes, permitindo-lhes, através de leis, maiores lucros e controlos sobre a utilização das suas sementes.
Ouça a reportagem do Instituto de Cultura Popular.
O sabor dos nossos alimentos tradicionais, o sabor dos alimentos naturais vêm da variedade, das sementes crioulas e nativas, que foram selecionadas e adaptadas pelas famílias camponesas ao longo do tempo.
Hoje essas sementes estão cada vez mais escassas devido à introdução de sementes geneticamente modificadas, fabricadas por empresas do agronegócio, com alto rendimento, mas que exigem o uso de agrotóxicos, cada vez mais caros e mais poluentes para a saúde humana e ambiental.
O governo nacional pretende favorecer estas grandes empresas de sementes, permitindo-lhes, através de leis, maiores lucros e controlos sobre a utilização das suas sementes.
Enzo Ortt, coordenador do movimento agroecológico da América Latina e Caribe (MAELA) explicou que é sério proibir a troca de sementes: “Estamos sempre alertas, com uma perna na rua, protestando, denunciando o perigo que existe e a outra perna Na parte produtiva, tentar promover feiras de troca de sementes para que as pessoas conheçam e valorizem isso porque a sua alimentação depende de sementes nativas e nativas.”
Diante da tentativa de apropriação do conhecimento camponês pelas grandes empresas de sementes, as organizações camponesas promovem encontros de troca de sementes. O objetivo desses encontros é manter vivas as espécies crioulas e nativas, defender formas de produção sem uso de agrotóxicos e continuar apoiando nossa soberania alimentar.
Pedro Cachito Salica, produtor e educador ambiental do Chaco, disse que sementes, cultura e conhecimento são compartilhados: “Com a nossa semente crioula, o que garantimos é a saúde de todas as nossas famílias e a nossa soberania alimentar”.
Fonte: https://agencia.farco.org.ar/home/encuentros-de-intercambios-de-semillas-en-defensa-de-soberania-alimentaria/
Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/07/23/encuentros-de-intercambios-de-semillas-en-defensa-de-soberania-alimentaria/