Em entrevista transmitida pela TeleSUR na segunda-feira, Paola Pabon, a prefeita reeleita de Pichincha, analisou os resultados das eleições subnacionais realizadas no Equador no domingo.

Referindo-se ao referendo de oito perguntas do presidente Guillermo Lasso, o militante da Revolução Cidadã enfatizou que a vitória da opção “NÃO” implica uma rejeição contundente ao atual governo.

Estamos vivendo uma crise de insegurança muito forte. Antes da presidência de Lasso, os equatorianos não vivenciavam no cotidiano fenômenos como o narcotráfico e o crime organizado, que tomaram as ruas e estão ceifando mais vidas.

Pabon explicou que o referendo tentou disfarçar as verdadeiras intenções políticas de Lasso ao incluir questões sobre a questão da insegurança. Ao fazer isso, porém, o atual governo “subestimou a inteligência do povo equatoriano”.

“Os resultados das eleições marcam o início da recuperação da pátria. A campanha eleitoral foi muito dura e significou muito sofrimento para o nosso povo”, disse ela, lembrando que os equatorianos votaram lembrando que tiveram uma notável melhora em sua qualidade de vida durante os governos do presidente Rafael Correa (2007-2017).

Os problemas do Equador são urgentes e precisamos enfrentá-los de forma conjunta e responsável. É o que nos pede uma cidadania angustiada, dominada pelo desemprego, pela insegurança, pelo medo e pela frustração.

Referindo-se à vitória alcançada pela esquerda nas principais províncias e cidades, Pabon afirmou que “o triunfo da Revolução Cidadã continua com aquela corrente latino-americana em que o povo pede que os progressistas assumam o governo para resolver a crise”.

“Diante da angústia e da necessidade, posições e abordagens de esquerda continuam sendo a melhor opção”, apontou.

Pabon destacou que os resultados eleitorais significam uma derrota contundente para os partidos de direita nas cidades de Quito e Guayaquil, onde se concentra o poder político e econômico do país.

Ganhamos como nunca antes… Ganhamos a Prefeitura de Quito… Também ganhamos a Prefeitura de Guayaquil e a Prefeitura de Guayas. Esses territórios foram controlados pela direita nos últimos 30 anos. Esta é uma vitória muito importante.

O líder da Revolução Cidadã também explicou que os resultados eleitorais significam uma rejeição contundente à perseguição política impiedosa que lutadores sociais e ativistas de esquerda têm sofrido nos últimos 7 anos.

Em meio a isso, o ex-presidente Correa “continua sendo o líder político com maior aceitação entre os cidadãos”.


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Fonte: mronline.org

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