Indígenas Ashaninka, armados com espingardas e arcos e flechas, obrigam um caminhão que transportava toras derrubadas na floresta amazônica a dar meia-volta. | Franklin Briceno/AP See More

Ativistas saudaram no sábado a decisão dos legisladores de abandonar os planos de uma nova lei rotulada como “Lei do Genocídio” pelos povos indígenas do Peru. O projeto de lei abriria terras indígenas para exploração industrial por capital nacional e estrangeiro – particularmente para a extração de lítio, cobre e outros minerais preciosos.

Em uma dramática reversão da sorte na sexta-feira, o Comitê de Descentralização do país bloqueou a lei, que havia sido redigida por políticos com laços estreitos com a poderosa indústria de petróleo e gás.

Teresa Mayo, da Survival International, descreveu isso como “uma grande vitória para os povos indígenas do Peru, suas organizações e para milhares de pessoas comuns em todo o mundo que aderiram à campanha contra as propostas”.

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Organizações indígenas no Peru, como a Associação Interétnica para o Desenvolvimento da Selva Peruana (AIDESEP) e a Organização Regional dos Povos Indígenas do Leste (ORPIO), fizeram lobby intenso para impedir o projeto de lei e mais de 13.000 membros da organização Survival os apoiadores escreveram ao comitê, instando-os a bloqueá-lo.

Tabea Casique, da AIDESEP, disse: “A eliminação do projeto de lei protege nossos parentes isolados, seus direitos e suas vidas, e evita o genocídio e o ecocídio que isso teria desencadeado”.

Roberto Tafur, da ORPIO, disse que sua organização pretende “continuar lutando por nossos irmãos e irmãs na selva, que não sabem que estamos lutando por eles”.

Estrela da Manhã

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CONTRIBUINTE

Roger McKenzie


Fonte: www.peoplesworld.org

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