Uma delegação de cinco observadores eleitorais da National Lawyers Guild (NLG) monitorou as eleições presidenciais na Venezuela que ocorreram em 28 de julho de 2024. A delegação observou um processo de votação transparente e justo, com atenção escrupulosa à legitimidade, ao acesso às urnas e ao pluralismo.

Apesar da solidez do processo eleitoral, a oposição apoiada pelos EUA, com apoio de uma imprensa ocidental anti-Maduro, se recusou a aceitar os resultados, minando a estabilidade da democracia da Venezuela. O presidente do Consejo Nacional Electoral (CNE), Elvis Amoroso, pediu ao procurador-geral que investigasse os ataques ao sistema de transmissão eleitoral. A delegação condena veementemente esses ataques ao sistema eleitoral, bem como o papel dos EUA em minar o processo democrático.

Os resultados oficiais das eleições foram anunciados pouco depois da meia-noite do dia 29 de julho: o presidente Nicolás Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos; seu principal concorrente, Edmundo Gonzales, obteve 44,2% dos votos, com uma participação de aproximadamente 59% em todo o país, com um eleitorado de mais de 21,3 milhões de pessoas.

A delegação visitou vários locais de votação em Caracas e La Guaira e compartilhou notas e informações com os 910 observadores eleitorais presentes de 95 países e muitas organizações, incluindo o Carter Center, as Nações Unidas, a União Africana e o Conselho Latino-Americano de Peritos Eleitorais (CEELA).

“As eleições venezuelanas de hoje não foram apenas justas e transparentes, mas também representaram um exemplo de participação cívica popular. Seu resultado bem-sucedido é um triunfo para o povo venezuelano, especialmente considerando o nível de interferência dos EUA e a tentativa de sabotagem do processo democrático, particularmente por meio de sanções e medidas econômicas coercitivas destinadas a produzir ‘mudança de regime’ na Venezuela”, disse Suzanne Adely, presidente do NLG e membro da delegação.

Durante as visitas da delegação aos locais de votação, os membros falaram livremente com os eleitores, incluindo apoiadores do governo e da oposição. Descobrimos que os eleitores em geral expressaram forte confiança no sistema eleitoral e não notaram nenhum problema ou obstáculo para votar.

O sistema eleitoral era altamente transparente e bem facilitado, supervisionado pelo Consejo Nacional Electoral (CNE), o quinto poder do governo venezuelano, que administra o processo eleitoral. O sistema de votação na Venezuela, apelidado de “o melhor do mundo” pelo ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, garante tanto o acesso às urnas quanto a identificação clara dos eleitores, promovendo um sistema seguro que inspira confiança no público venezuelano. Notavelmente, os venezuelanos votaram eletronicamente e em papel para verificar os totais eleitorais, uma verificação que é realizada automaticamente em 54% dos locais de votação, escolhidos aleatoriamente. As máquinas e os processos eleitorais funcionaram adequadamente em cada um dos locais de votação visitados pela delegação.

O alto nível de segurança nas urnas é combinado com um compromisso com a acessibilidade para todos os cidadãos venezuelanos, observou a delegação. Pessoas com deficiência, crianças pequenas e idosos podem acessar suas seções eleitorais por meio de filas rápidas. Para pessoas com necessidades especiais que exigem assistência física para votar, há também um sistema chamado “votação assistida” que permite que os eleitores levem um membro da família ou o presidente da seção eleitoral para a cabine de votação para auxiliar no processo, e a delegação testemunhou dois exemplos de votação assistida ao longo do dia.

Quaisquer dificuldades que testemunhamos nas urnas eram normais e rotineiras em todos os sistemas eleitorais. Na maioria dos locais de votação que visitamos, os tempos de espera foram relativamente baixos (menos de 5 minutos) ao longo do dia, embora tenha havido picos de comparecimento, levando a esperas mais longas às vezes. Aqueles com necessidades especiais foram acomodados por meio de uma fila rápida. Tempos de espera mais longos e mais curtos nas urnas ocorreram em bairros e, quando havia filas mais longas, a delegação não testemunhou nenhum participante que decidiu não votar devido à espera.

A delegação ressaltou sua rejeição absoluta às alegações de fraude promulgadas pela oposição apoiada pelos EUA, pelas forças de direita na região, incluindo o grupo de Lima, por autoridades americanas, incluindo o Secretário de Estado Antony Blinken, e pela mídia ocidental.

A delegação produziu um relatório breve e completo (próximo em nlginternational.org) expandindo o processo eleitoral, bem como as tentativas de interferência da oposição, do governo dos Estados Unidos e da mídia ocidental.É imperativo que atuemos em solidariedade para proteger a democracia e a soberania desta nação caribenha, rejeitar a intervenção imperialista dos EUA na Venezuela e exigir o fim das sanções e bloqueios dos EUA.”, disse Adely.

O Sindicato Nacional de Advogados já monitorou as eleições venezuelanas em 2021, 2015 e 2013 e coorganizou uma viagem de investigação em 2023 para monitorar os efeitos das sanções no país.

A National Lawyers Guild, cujos membros incluem advogados, assistentes jurídicos, advogados de presídios e estudantes de direito, foi formada em 1937 como a primeira associação de advogados racialmente integrada dos Estados Unidos para defender a proteção dos direitos constitucionais, humanos e civis.

Suzanne Adely [email protected]

Ken Montenegro [email protected]


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Fonte: mronline.org

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