Um relatório do Observatório de Políticas Públicas da Universidade Nacional de Avellaneda apontou o “forte impacto” que as políticas implementadas pelo governo de Javier Milei tiveram no nível de atividade e, portanto, nos níveis de emprego no setor privado.

A política económica que a administração Milei estabeleceu desde os primeiros momentos provocou o aprofundamento da crise e a destruição de empregos tanto no sector público como no privado.

Como indicador da gravidade deste contexto, regista-se já um forte aumento no valor do subsídio de desemprego: 60% em maio de 2024 em relação a 2023.

É o que afirma um relatório do Observatório de Políticas Públicas da Universidade Nacional de Avellaneda (UNDAV). “Enquanto a média mensal de 2023 foi de 64.596 subsídios de desemprego, em maio deste ano (mês de atividade sazonal muito elevada) foram concedidos um total de 104.353 subsídios”, detalha.

Para a entidade, o aumento do desemprego é resultado da desvalorização, do corte de obras públicas e do ajuste abrupto dos gastos públicos.

“Desde a posse de Javier Milei como Presidente da Nação, em dezembro de 2023, foram realizadas milhares de demissões no setor público nacional nos diversos órgãos do Estado. No entanto, a nova política económica não só significou uma queda significativa nos gastos públicos nacionais, mas também teve um forte impacto no sector privado”, observaram no relatório.

Neste sentido, indicaram que “talvez a medida que gerou maior perturbação no setor privado tenha sido a eliminação das obras públicas. Neste sentido. Entre março de 2024 e novembro de 2023, o número de trabalhadores na indústria da construção diminuiu 12,7%.”

Além do mais. Devido à contração da economia devido ao ajuste fiscal e à desvalorização de dezembro passado, os hotéis e restaurantes caíram -1,6%; atividades imobiliárias -1,1%; indústrias de transformação -1%; serviços comunitários -1%; transporte, armazenamento e comunicações -0,9%; ensino -0,5%; serviços sociais e de saúde -0,5%; comércio e reparação -0,5% e intermediação financeira -0,4%; Tiveram queda nos primeiros 4 meses de gestão.

Em termos gerais, o emprego assalariado privado registado caiu 1,5% nos primeiros 4 meses de administração. Isto, por sua vez, representa que mais de 95 mil empregos foram perdidos de acordo com a série ajustada sazonalmente publicada pela Subsecretaria de Planejamento, Estudos e Estatística do Ministério do Trabalho, Emprego e Previdência Social (SSPEyE-MTEySS).

No entanto, como já foi referido, a quantidade de emprego também diminuiu no sector público por decisão directa do governo nacional ao avançar com despedimentos nos diferentes ministérios e agências do Estado Nacional. Por esta razão, entre Março de 2024 e Dezembro de 2023, mais de 29.700 empregos foram perdidos no sector público.

Somando a queda do emprego no sector público e a queda do emprego no sector privado entre Novembro de 2023 e Março de 2024, obtém-se que no total mais de 116.600 postos de trabalho assalariados registados foram perdidos em apenas quatro meses. Esse. Embora seja em grande parte gerada pela recessão, também impacta na queda do consumo. Por sua vez, o aumento do desemprego tem um impacto negativo nos níveis salariais dos trabalhadores activos.

Compartilhamos o relatório completo:

Relatório Undav de Emprego e Produção

Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/06/21/la-destruccion-de-puestos-de-trabajo-con-milei-prestaciones-por-desempleo-crecieron-un-60-en-relacion-al-2023/

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