O consumo, um dos principais indicadores da economia real, voltou a apresentar quedas significativas em supermercados, shopping centers e lojas atacadistas de autoatendimento em abril.

As vendas nos supermercados continuam caindo.

As vendas nos supermercados caíram 17,6% em abril em relação ao mesmo período de 2023, -3,3% em relação a março e -13% no acumulado dos primeiros quatro meses deste ano.

Nos shoppings a queda foi de 23,8% na comparação anual, enquanto nas lojas de autoatendimento atacadistas a queda foi de 21,2% no mesmo período.

“Em abril de 2024, o Índice de Vendas Totais a preços constantes apresenta queda de 17,6% em relação ao mesmo mês de 2023. O acumulado janeiro-abril de 2024 apresenta variação decrescente de 13,0% em relação ao mesmo período de 2023”, informou este Quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).

Por sua vez, nos grandes centros de compras ou shopping centers, as vendas totais a preços correntes em abril atingiram um total de 297.871,9 milhões de pesos, o que representou um aumento de 161,0% em relação ao mesmo mês do ano anterior, valor que “em constante preços” – ajustados pela inflação – significou uma queda de 23,8%.

Já nos autosserviços grossistas, o decréscimo foi de 21,2% na comparação homóloga, -2,4% face a março e -11,9% no valor acumulado dos primeiros quatro meses de 2024.

A amostra sensível que reflete o consumo também se replica no nível da atividade industrial, sem possibilidade de recuperação no curto prazo.

Em abril de 2024, o índice de produção industrial da indústria de transformação (IPI da indústria de transformação) apresentou queda de 16,6% frente ao mesmo mês de 2023, enquanto o índice acumulado nos primeiros quatro meses marcou queda de 15,4% frente ao mesmo período de 2023, com base em dados divulgados pelo Indec.

Outros indicadores

Do setor privado, a Fundação Latino-Americana de Pesquisas Econômicas (FIEL) informou que em abril o setor manufatureiro caiu 14,9% na comparação interanual e -11,3% no primeiro quadrimestre.

Esses últimos números correspondem ao Índice de Produção Industrial (IPI), elaborado pela FIEL.

Por sua vez, a União Industrial Argentina (UIA) informou que em abril a atividade fabril registrou uma queda interanual de 14,2% e uma recuperação mensal de 4,5% sem sazonalidade, explicada essencialmente pelo fraco desempenho em março, pelo maior número de dias úteis em abril e pela normalização de questões específicas que alguns setores passaram em março, especificamente no setor metalúrgico.

“Os dados de maio refletem que a queda homóloga persiste. Na série mensal pode-se observar um platô ou leve queda. Os dados do mês foram afetados pelas dificuldades no comércio com o Brasil devido às enchentes no sul daquele país. sector Neste quadro, registaram-se quedas pronunciadas no Automóvel (-27,9%), nas Expedições de Cimento (-27,1% face ao período homólogo) e no patenteamento de maquinaria agrícola (-22,9% face ao período homólogo). A procura de energia eléctrica por parte dos Grandes Utilizadores Industriais voltou a cair significativamente (-11,3% face ao período homólogo)”, detalhou a unidade fabril.

No que diz respeito à indústria alimentar, especificamente, a COPAL – entidade que reúne as empresas do setor – refletiu em abril uma queda de 4,2% em termos homólogos.

Esta descida foi atenuada pelo complexo petrolífero, que apresentou um aumento de 27,2% em termos homólogos, o que reverteu o fraco desempenho do ano passado, quando foi afectado pela seca. Se este item não for considerado, o setor apresentou uma queda maior (-8,7% yoy).

Os primeiros dados de maio – que serão divulgados no próximo mês – mostram que “a queda homóloga persiste”, conclui o relatório da UIA.


Fonte: https://somostelam.com.ar/noticias/economia/el-consumo-no-se-recupera-en-abril-las-ventas-en-supermercados-shoppings-y-mayoristas-volvieron-a-bajar/

Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/06/21/el-consumo-no-se-recupera-en-abril-las-ventas-en-supermercados-shoppings-y-mayoristas-volvieron-a-bajar/

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