Nos últimos dias, cresceu o número de denúncias mobilizadas após a mordida de um rato em um estudante de Buenos Aires. Diante da inação da CABA, a preocupação cresce nas famílias, professores e alunos.
Por Martín Suárez @MDSuarez
Enquanto o governo da Cidade de Buenos Aires continua acumulando denúncias de dezenas de escolas portenhas com a presença de roedores, as famílias, cansadas de esperar alguma iniciativa específica da pasta educacional liderada por Soledad Acuña, decidiram intervir de diferentes maneiras: em alguns casos exigindo a suspensão das aulas nas primárias; outros puseram o órgão a acompanhar a reclamação dos seus filhos que frequentam escolas secundárias, e que em assembleia decidiram não entrar nas escolas; e há os que compõem as associações cooperativas que iniciaram uma recolha de assinaturas para obrigar a manutenção escolar a realizar um extermínio profundo, periódico e sustentado ao longo do tempo. As reclamações aumentaram após a notícia de que um aluno foi mordido por um rato. Por sua vez, desde o legislativo, realizam o monitoramento diário de cada uma das escolas dos diferentes níveis que contam com a presença de roedores, com a criação do “mapa do rato” nas escolas de Buenos Aires.
Quem leva a cabo esta iniciativa é a deputada portenha da Frente de Todos, Laura Velasco. O levantamento garante que, no último ano, pelo menos 23 estabelecimentos de ensino relataram a presença de ratos.
“En la comisión de Educación de la Legislatura porteña recibimos denuncias de diferentes actores que integran la comunidad educativa: familias, cooperadoras, docentes y estudiantes, en relación con las condiciones para enseñar y aprender que hay en las escuelas públicas y estatales de la Ciudad de Bons ares. Entre outros, foram manifestados graves problemas de infraestrutura escolar e na limpeza, manutenção e combate a pragas como ratos e escorpiões”, garante o deputado Velasco em diálogo com Tiempo.
Algumas das escolas que denunciaram a invasão de ratos são: a Escola Primária Comum nº 06 Manuel Dorrego no bairro de Almagro; Escola nº 11 do DE 15 “Fray Luis Beltrán”; Escola Nº 5, DE 10 “Heroes de Malvinas”; Escola Primária Comum nº 01 Dr. Antonio Dellepiane de Villa del Parque; e Escola Básica nº 12 DE 19, entre muitas outras.
“Todas essas situações, em suma, diminuem a qualidade da educação pública, que na Cidade de Buenos Aires já vem perdendo mais de dez pontos do orçamento educacional ano após ano, paralelamente ao aumento das matrículas na educação privada, com respeito ao Estado, produto da inação em relação à gestão educacional, que é extremamente ineficiente, além do ataque permanente recebido pelos atores da comunidade educacional que denunciam e exigem ser ouvidos pelo ministro Acuña”, acrescenta Velasco.
Até quando vai o silêncio e a inação do Governo de Buenos Aires ante o crescimento de estabelecimentos de ensino com ratos na cidade de Buenos Aires?
Aqui #ElMapaDeLaRata 👉 https://t.co/fkkyRjNlXc para que @horaciolarreta y @Soledad_Acunia eles podem começar a trabalhar.
🐁🐀🧵👇 pic.twitter.com/vjo0XIWL3T— Laura Velasco 💚 (@lauravelascook) 27 de abril de 2023
Outras escolas que relataram ratos nos últimos meses são: Escola Primária nº 26, DE 6; o jardim de infância abrangente nº 4 de 9; a Normal Superior “Lenguas Vivas”, nº 1 e a Escola Infantil nº 11 do DE 01, do Centro Educacional María Elena Walsh; entre vários outros estabelecimentos.
Existem roedores na sua escola?
Silêncio, medo e perseguição. Os que trabalham nas escolas da Cidade afirmam que nos últimos anos se instalou um estado de medo latente dentro dos estabelecimentos de ensino. Especialmente naqueles onde não foram formados corpos de delegados para representar e defender os direitos dos trabalhadores da educação. Em muitas dessas escolas, eles pararam de relatar que as salas de aula inundaram após uma tempestade; também não há indícios de problemas elétricos ou problemas de infraestrutura predial, como banheiros fechados; muito menos que os alunos convivam com ratos enquanto estudam. Este último ponto é o mais proibido pela carteira educacional de Buenos Aires, especialmente nas escolas primárias. Para evitar que dezenas ou centenas de casos venham à tona, a deputada Laura Velasco formou um documento onde recebe denúncias sobre estabelecimentos de ensino de Buenos Aires que sofrem com a presença de roedores e, após a confirmação correspondente, essas escolas passam a fazer parte do “mapa da o rato” na cidade.
Fonte: https://www.tiempoar.com.ar/informacion-general/crean-un-mapa-de-la-rata-en-ciudad-mas-de-20-escuelas-denunciaron-presencia-de-roedores/
Source: https://argentina.indymedia.org/2023/04/28/crean-un-mapa-de-la-rata-en-ciudad-mas-de-20-escuelas-denunciaron-presencia-de-roedores/