
Trabalhadores chineses empregados pela Longxin Construction Co., no local de trabalho em Israel. | Foto via Longxin
TEL AVIV – A Federação Nacional de Trabalho da Israel apresentou um pedido na semana passada no Tribunal de Trabalho Regional de Tel Aviv por uma liminar temporária e urgente para impedir a demissão imediata de 322 funcionários da Longxin Construction, uma empresa chinesa que opera em Israel e em todo o mundo na indústria da construção residencial.
De acordo com a empresa, ela tem permissão para empregar 875 trabalhadores, mas, na realidade, atualmente emprega apenas cerca de 550. No pedido, a Federação Nacional do Trabalho afirma que recebeu perguntas dos trabalhadores da empresa, segundo os quais as demissões imediatas são planejadas – sem motivo.
As empresas de construção chinesas operam em Israel desde 2017. Alguns deles empregam trabalhadores em projetos em território palestino ocupado em Israel.
Os trabalhadores da Longxin, que não obtiveram respostas da administração da empresa, se inscreveram para organizar um sindicato para interromper a onda planejada de demissões. De acordo com a Federação Nacional do Trabalho, conseguiu organizar mais de um terço dos funcionários e anunciou manifestações.
A Federação entrou em contato com a administração da empresa, que confirmou que pretende demitir 322 funcionários até o final do mês.
Segundo a empresa, as demissões foram devidas à redução no número de permissões de trabalhadores que possui da População e da Autoridade de Imigração. Observou -se ainda que a empresa “não tem reclamação contra os funcionários e que isso não é um passo resultante de dificuldades econômicas ou escassez de trabalho”.
No pedido, apresentado pelo diretor do departamento jurídico da Federação Nacional do Trabalho, o advogado administrou o confino, alegou que as demissões imediatas forçariam os trabalhadores a deixar o país ou se tornarem residentes ilegais, em um momento em que a indústria da construção em Israel está sofrendo de uma grave escassez de mão de obra profissional.
Parte dessa escassez se deve ao governo israelense bloqueando os territórios palestinos e se recusando a permitir que os trabalhadores atravessassem os postos de controle das forças armadas.
Por recomendação do Tribunal, as partes chegaram a um acordo de que a Federação Nacional do Trabalho e a Constituição de Longxin entraria em contato com a autoridade da população para encontrar uma solução que minimizasse o dano aos trabalhadores.
Ainda a ser julgado é a alegação da empresa de que “centenas de trabalhadores já o abandonaram”, o que significa que eles deixaram seus empregos, então, como o empregador, não é mais responsável por quaisquer dificuldades econômicas que sofrem.
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Fonte: https://www.peoplesworld.org/article/facing-layoffs-chinese-construction-workers-in-israel-apply-for-union-recognition/