Os produtos minerais não metálicos e as indústrias de metais básicos estão passando por uma situação complicada. Apenas 56% das empresas conseguem pagar os salários nas datas de cobrança estabelecidas.

Em média, 43% das linhas de produção das plantas industriais em quase todos os setores, exceto refino de petróleo, estão inativas, quase meio ano após o início do ano e do Governo de Javier Milei.

O último caso emblemático foi a suspensão de 1.550 trabalhadores durante 1 semana pela empresa Bridgestone, que como agravante exportou apenas 10% do que foi projetado para o ano.

A empresa argumentou que os permanentes conflitos sindicais fizeram com que ela substituísse a produção local pela brasileira para exportar para outros países.

O principal item de ociosidade é observado em Produtos Minerais Não Metálicos e Indústrias de Metais Básicos, no quadro do maior nível de ociosidade em 9 anos, exceto 2020 devido à pandemia.

Supera em 11% o mesmo período do ano anterior e em 7,2% a média da série, exceto 2020.

A recessão faz-se sentir nas fábricas e traduz-se em reduções de turnos de produção, horas extraordinárias, suspensões e despedimentos, quando não encerramentos parciais ou totais de estabelecimentos.

Pior que em dezembro

Constata-se do segundo inquérito realizado a 1.097.693 trabalhadores agrupados em sindicatos industriais (CSIRA) e a mais de 60 mil empresas que, atualmente, a situação é muito pior do que em dezembro, julgamento que se tem repetido nos últimos dois meses.

Em quase 80% das empresas houve demissões. Apenas 21,1% dos casos pesquisados ​​referem não ter sofrido separações forçadas no período de dezembro até o presente.

Houve também suspensões, ofertas de aposentadorias voluntárias, aposentadorias antecipadas e cortes de horas extras nesse período.

Neste sentido, as suspensões foram reconhecidas por 60% dos inquiridos, as reformas voluntárias estiveram presentes em 80,0% das respostas e as reformas antecipadas estiveram presentes em 35,0% das empresas.

Em 9 dos 10 casos foram computados cortes de horas extras. Antecipação de férias: 65,0%

A opinião recolhida sobre a situação económica da amostra é crítica, de acordo com a opinião dos sindicatos inquiridos.

A dúvida sobre a comparação com dezembro foi de 90,0% que consideram a situação piorada.

Mas os dados mais convincentes reflectem-se no facto de 5 em cada 10 responderem que, actualmente, a situação é muito pior do que em Dezembro.

Os dados são semelhantes aos da pesquisa de maio, que mostra que a situação não melhorou nos últimos dois meses.

A queda nas vendas é considerada um fator central. Os dados também são duros: 65% indicam que as vendas caíram mais de 15%.

Da mesma forma, em relação à produção, 63,2% também afirmaram que a queda foi superior a 15%, mostrando a estreita ligação entre vendas e produção.

Queda nas vendas

Número de queda nas vendas supera o da pesquisa de maio, que chegou a 60,9%

As empresas afetadas vendem principalmente no mercado local: 52,7% das empresas destinam mais de 50% dos seus produtos para consumo na Argentina.

Os dados sobre capacidade instalada ociosa publicados no relatório são consistentes com os dados nacionais: quase 40% afirmam que 6 em cada 10 máquinas ou menos são utilizadas (a que se somam outros 26,3% com 30% a 40% de capacidade instalada ociosa).

Como informação complementar, há uma diminuição significativa nos turnos de produção.

75% dos sindicatos consultados indicam que as suas empresas reduziram os seus turnos de produção.

Em particular, 60% indicam que as empresas do setor reduziram os seus turnos de produção em até 30%, enquanto 15,0% indicaram que a redução ultrapassa os 30%.

Relativamente ao pagamento de salários, apenas 56% das empresas conseguem pagar aos seus trabalhadores nas datas de cobrança estabelecidas.

Ao estender as consultas aos fornecedores, apenas 33,3% das respostas indicam que as empresas têm conseguido pagar aos seus fornecedores em tempo útil, enquanto preocupantes 40% são obrigadas a efetuar pagamentos ao longo do ano.

Expectativas futuras

As expectativas para os próximos 6 meses permanecem em níveis críticos: 95% consideram que vai piorar.

Na comparação com maio, há uma ligeira melhoria na perceção que indica que, embora a maioria continue a defender que será muito pior, esse valor reduz-se de 73,9% para 55,0%.

Apenas 5% das empresas estariam optimistas quanto à manutenção de uma situação semelhante à actual, o que demonstra um pessimismo generalizado e profundo relativamente ao futuro próximo da economia.

A avaliação de como a Lei de Bases impactaria as respectivas indústrias é que ela não trouxe nenhum alívio.

Nenhum dos sindicatos inquiridos vê uma melhoria com esta sanção.

65% dos inquiridos indicaram que o desempenho irá piorar e apenas 20% consideram que será o mesmo.


Fonte: https://www.elciudadanoweb.com/fabricas-en-su-peor-momento-en-9-anos-record-de-maquinas-paradas-y-brazos-cruzados/

Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/07/20/fabricas-en-su-peor-momento-en-9-anos-record-de-maquinas-paradas-y-brazos-cruzados/

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