Seis meses após a posse, o Poder Executivo terá que responder à situação de protesto social e ao direito à liberdade de expressão na Argentina. A audiência será na quinta-feira, 11 de julho, às 15h.
Partilhamos o comunicado do Centro de Estudos Jurídicos e Sociais (CELS):
Desde a posse de Javier Milei, em 10 de dezembro, informamos a CIDH sobre a implementação de diversas políticas do governo nacional para desencorajar, dificultar e assediar aqueles que desejam se manifestar em espaços públicos. Em diversas apresentações, apontamos o crescimento da violência repressiva e a criminalização dos manifestantes, as prisões arbitrárias e o uso indiscriminado das chamadas “armas menos letais”, como balas de borracha, gases irritantes e bastões, até mesmo contra trabalhadores da imprensa.
Percebemos também como, através de alguns discursos, o governo pretende deslegitimar as organizações sindicais e os movimentos sociais, acusando-os de serem desestabilizadores. Essas mensagens são então reproduzidas por membros do judiciário, que acusam as pessoas presas nas manifestações de terrorismo e tentativa de golpe de Estado, sem fornecer qualquer tipo de prova concreta que sustente tal acusação.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos convocou uma audiência para que o governo argentino dê explicações sobre esses retrocessos que denunciamos no exercício do direito de protesto e da liberdade de expressão. A audiência foi convocada a pedido do CELS em conjunto com organizações de direitos humanos, sociais e sindicais como a Associação dos Trabalhadores do Estado, a Federação Nacional dos Professores Universitários, o Sindicato dos Trabalhadores da Economia Popular, o Centro dos Profissionais do Direito Humano, o Federação Argentina de Trabalhadores de Imprensa, a Rede de Carreiras em Comunicação e Jornalismo e o grupo HIJOS.
A audiência será na quinta-feira, 11 de julho, às 15h, e será transmitida ao vivo em: youtube.com/@ComisionIDH.
Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/07/10/el-gobierno-de-milei-debera-dar-explicaciones-ante-la-cidh-por-la-represion-de-la-protesta/