A Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) mobilizou esta sexta-feira o Ministério da Economia da Nação contra as dezenas de milhares de despedimentos ilegais na Administração Pública. O governo de Javier Milei, que invocou a existência de “nhoque” como alegada causa de despedimento, não consegue apresentar provas que apoiem a sua propaganda contra os trabalhadores do Estado, observou o sindicato.
“Incomodamos o Governo porque não pode publicar nenhuma lista de nhoques e a causa de despedimentos que invocaram desaparece diante dos olhos de toda a sociedade”, disse Rodolfo Aguiar, secretário-geral do sindicato.
“Os empregadores do estado são sempre os governos: no Estado nacional um Presidente, numa província o Governador e num município o Presidente da Câmara. Mas ficou claro que hoje a motosserra e quem governa é a Techint, e portanto se tivermos que reclamar com o nosso empregador não descartamos uma mobilização para a sede do complexo empresarial”, acrescentou o líder estadual.
Esta é a décima medida de força que a ATE promove desde o início do Governo de Javier Milei em resposta a uma política de ajustamento profundo, com salários conjuntos muito abaixo da inflação e com uma onda de despedimentos ilegítimos que atinge ainda mais trabalhadores. velho.
Por isso o sindicato exigiu que o Governo publicasse a lista dos alegados ‘nhoques’ e que, caso não o fizesse, os reintegrasse nos seus empregos e determinasse o pagamento imediato de salários a todos os despedidos, uma vez que até ao momento tem não foi possível em nenhum caso provar o motivo invocado para a não prestação de serviços.
📢 Greve e mobilização da ATE Nacional
Mobilização para o Ministério da Economia pic.twitter.com/CAGRzgrwls
— Radio Gráfica (@radiografica893) 5 de abril de 2024
A mobilização do Ministério da Economia, com sede na Av. Hipólito Yrigoyen 250 da Cidade Autônoma de Buenos Aires, ocorreu após a enorme receita que o sindicato obteve em todos os ministérios e organizações nacionais durante o dia de quarta-feira. Além disso, os protestos foram replicados nas principais cidades de todas as províncias sob diferentes modalidades.
Greve e mobilização da ATE.
Rodolfo Aguiar, ATE Nacional: “Também temos que mobilizar o Techint no nosso plano de luta para mostrar a eles que vamos tirar a motosserra e que não vamos parar até pararmos o ajuste”.@rodoaguiar@ateprensa pic.twitter.com/l0w49sPp7z
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Até ao momento, a ATE contabiliza mais de 11 mil despedimentos na Administração Pública mas estima-se que com os dados que falta recolher de algumas províncias o número poderá chegar aos 15 mil. Entretanto, o sindicato permanece em alerta devido à ameaça do Governo de que o total suba para 70 mil.
Greve e mobilização da ATE.
Daniel “Tano” Catalano, ATE CABA: “Continuam chegando telegramas de demissões, é impossível não protestar e se organizar. O que fizeram hoje foi um circo com a Polícia Federal bloqueando a rua. A falta de trabalho não pode ser resolvida com repressão.” pic.twitter.com/Z8ifzLew9f
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Nós, estados, exercemos os nossos direitos e o governo não poderá impedir-nos.
A greve da ATE foi avassaladora! pic.twitter.com/RDi0Iv6Amd— Rodolfo Aguiar (@rodoaguiar) 6 de abril de 2024
Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/04/06/paro-y-movilizacion-de-ate-hoy-la-motosierra-y-quien-gobierna-es-techint/