A juíza María Servini ordenou a libertação de 17 pessoas detidas durante a brutal repressão de quarta-feira, 12, contra os protestos no Congresso Nacional. Organizações de direitos humanos denunciam a arbitrariedade e exigem a libertação dos 16 que permanecem detidos. O pedido de prisão preventiva foi feito por um dos procuradores mais próximos da ministra Patrícia Bullrich, Carlos Stornelli.

A caçada policial no centro de Buenos Aires tirou 33 detidos na quarta-feira, 12. Foto: Nicolas Solo ((i))

Ao cair da noite desta sexta-feira, a juíza María Servini libertou 17 pessoas e outras 16 foram transferidas para prisões do serviço penitenciário federal. Todos continuam com seus casos abertos.

“Por que alguns saíram e outros não? Não se explica”, afirmaram do CELS, uma das organizações que defende os detidos.

“A justiça nega as libertações apenas porque, por serem acusados ​​de crimes graves, podem querer fugir ou atrapalhar o caso. Mas esses são os crimes pelos quais Stornelli acusou, sem fatos ou provas”, observaram.

“Servini também não fornece fatos nem provas: ele reproduz as acusações do Ministério Público, que por sua vez reproduzem as postagens do governo. Em vez de exercer controle judicial sobre esta atrocidade, valida-a.”

“Pude ler uma das negações, a de Lucía Belén Puglia, e, na realidade, não há argumento que justifique deixar isso para eles e liberar outros. É uma subjetividade absoluta: que por causa da pena se pudesse escapar, que as provas pendentes ainda pudessem ser adiadas. Que inúmeros celulares foram sequestrados e isso deve ser investigado. Como se ela pudesse interferir, de alguma forma, caso fosse libertada, nas investigações dos celulares”, explicou um dos advogados da Liga pelos Direitos Humanos ao jornal cooperativo Tiempo Argentino.

“É um argumento muito pobre. Não é nem o habitual; que tem antecedentes criminais ou não tem endereço. “É algo que viola todos os princípios básicos do direito penal e processual penal e todas as garantias”, insistiu o advogado.

No início desta sexta-feira, líderes sociais, líderes de direitos humanos, legisladores, juntamente com familiares dos detidos, realizaram uma conferência conjunta na qual exigiram a libertação imediata dos detidos e denunciaram o “tratamento degradante”.

O liberado

1) OTTOGALI, Sofia Belém
2) DURO, Gonzalo
3) DI ROCO, Martin
4) LATORRE, Mateo;
5) MOYANO, alemão
6) KLAUS LEONE, Fernando
7) SLAM, Ricardo Shariff
8) ITURBURU, Diego Ignácio
9) MÉNDEZ, Esteban Román
10) DE LA VEGA, Luis Alberto
11) LONGO, Nora
12) OCAMPO, Mia Pilar
13) OCAMPO, Belén Yanina
14) OCAMPO, Ramón Remigio
15) RAMÍREZ, Matías Lionel
16) ADANO, Santiago Lautaro
17) ORTIZ, Brian Ezequiel

Aqueles que ainda estão detidos

1) SICA, David
2) CALARCO ARREDONDO, Patrícia
3) ESPINETO, Juan Ignácio
4) JUAREZ OLIVA, Camila Belén
5) MAYORGA, Nicolas Daniel
6) LYARDET, Saya Jazmín
7) MALLEA, Heitor David
8) FERREIRA, Cristian Darío
9) COLOMBO, Juan Pablo
10) CERRUTI, Maria de la Paz
11) OLHA, Ramona
12) PUGLIA, Lúcia Belén
13) BRAVO, Cristián Fernando
14) GOMEZ, Facundo Ezequiel
15) GOMEZ, Roberto María de la Cruz
16) FAMULARI, Gabriel

Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/06/15/excarcelaron-a-a-17-de-los-33-detenidos-en-la-represion-en-el-congreso/

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