Nesta quinta-feira, 12 de outubro, foi realizada uma Contracelebração e marcha diante do Congresso Nacional para comemorar os 531 anos de resistência indígena em Abya Yala, que contou com a participação dos membros da comunidade do Terceiro Malón de la Paz.

Fotos de Nicolas Solo ((i)). Texto de Indymedia Direitos Humanos.

“Manifestamos a memória das lutas do nosso povo, do passado e do presente”, observaram. Na Plaza de los Dos Congresos, de terça-feira, dia 10, a quinta-feira, dia 12, aconteceram jornadas culturais e uma feira dos povos indígenas. Também foram realizadas oficinas sobre a luta do Terceiro Malón de la Paz, medicina ancestral, discriminação e discurso de ódio, entre outras atividades.

Neste quadro, o Terceiro Malón de la Paz continua a protestar contra a “reforma expressa, não consultada e ditatorial de Gerardo Morales” na província de Jujuy, nas palavras de Néstor Jerez, chefe do povo Ocloya.

“Mobilizamo-nos em defesa da água, dos bens naturais, da mãe terra que nos dá a vida, dos direitos e da soberania do povo e pela nulidade da reforma constitucional de Jujuy e da intervenção federal da província”, declarou ao Télam. Agência.

No quadro de uma ofensiva reaccionária que se intensifica face a uma potencial vitória da extrema direita, esta semana os membros do Tercer Malón sofreram um novo ataque às mãos de membros do Juntos pela Mudança.

Também membro do Tercer Malón, Eloy Mamami, destacou o ocorrido no último domingo, por ocasião da chegada de uma delegação de Malón à sede da Faculdade de Direito, onde seria realizado o “Debate Presidencial”.

“O terceiro Malón de la Paz também sofreu violência institucional, violência de gênero, violência contra migrantes, discriminação por parte dos militantes de Patricia Bullrich, a candidata presidencial, simplesmente por ser parceira de Morales. E mesmo os próprios jornalistas que temos, que têm feito a cobertura, que têm levado informação, difundido, difundido nos meios de comunicação que temos, também foram violados, atacados”, denunciou Mamani em entrevista colaborativa à Agência ANRed. e outras mídias populares.

Estes acontecimentos revelam mais uma vez o racismo que corrói a sociedade argentina. “Simplesmente defendemos os direitos, não só os nossos direitos, mas também os direitos de cada cidadão, porque neste país a água está prestes a ser privatizada”, disse Eloy Mamami.

“É um projeto que os candidatos à Presidência da Nação têm vindo a promover, a par da exploração dos recursos naturais. Não só não é benéfico, mas é prejudicial, temos que contar a realidade, o que nos prejudica, como nos prejudica. “Nós, como povos indígenas, somos prejudicados em nosso território, em nossas águas, nas terras onde produzimos gado e também nas pastagens onde os animais podem se sustentar”, afirmou.

“Viemos defender todos esses direitos. “Defender a vida, principalmente a água, que é um elemento muito fundamental porque se não houver água não há vida”.

Fonte: https://argentina.indymedia.org/2023/10/13/marcha-del-contrafestejo-por-el-12-de-octubre/

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