A actividade transformadora das PME caiu 17,8% anualmente em Julho e 19,3% delas tiveram dificuldades no pagamento de salários. Os dados provêm do Índice de Produção Industrial das PME (IPIP) elaborado pela Confederação Argentina de Médias Empresas (CAME), uma das entidades empresariais que mais apoia as políticas recessivas de Javier Milei.
Não só a chamada classe média argentina dá repetidamente um tiro no pé, escolhendo políticas neoliberais ortodoxas que destroem os seus rendimentos e condições de vida. A lumpemburguesia argentina sofre de um fenômeno esquizofrênico semelhante. Existem poucos exemplos mais claros do que o da CAME, uma entidade patronal que não tem tempo para divulgar declarações de apoio ao governo de extrema-direita de Javier Milei, que mergulhou o país numa espiral recessiva que levou ao encerramento de um grande número dos seus membros. Excesso de ideologização, influência mediática, seguimento da AEA ou simples estupidez?
Os dados são convincentes. O último Índice de Produção Industrial das PME (IPIP), divulgado pela entidade neste dia 25 de agosto, apresenta uma situação catastrófica:
A atividade fabril das PMEs caiu 17,8% anualmente em julho e acumula contração de 18,6% nos sete meses do ano frente ao mesmo período de 2023. Na comparação mensal dessazonalizada, a produção caiu 1,8%. As PME trabalharam em julho com 60,6% da sua capacidade instalada (em junho tinha sido 60,1%). 19,3% das pequenas e médias empresas tiveram dificuldades no pagamento de salários.
“É o oitavo mês consecutivo de queda, num mercado onde os preços se estabilizaram mas a perda de poder de compra continua a afectar a procura interna”, escrevem da CAME, a mesma entidade que compareceu juntamente com a Sociedade Rural perante o Supremo Tribunal. apoiar a reforma laboral do DNU 70/2023, que garante que o poder de compra, ou seja, os salários, nunca será recuperado.
“Este cenário é agravado pelas dificuldades de acesso ao financiamento e pelos elevados custos operacionais, o que coloca muitas PME numa situação difícil e com margens de rentabilidade estreitas.”
E sim, irmão. É o que você está apoiando.
Os seis setores industriais do segmento PME tiveram quedas acentuadas na comparação anual, sendo os mais afetados “Químicos e plásticos” (-27,5%), “Papel e impressão” (-26,9%) e “Metal, máquinas e materiais de construção” (-18,2%).
No acumulado do ano, a maior queda foi em “Produtos químicos e plásticos” (-26,6%), seguida por “Metalurgia, máquinas e equipamentos” (-21,3%) e “Papel e impressão” (-21,2%). ).
A amostra da qual surgem esses dados vem de uma pesquisa com 414 PMEs industriais em nível federal.
Pode ser lido na íntegra em https://www.redcame.org.ar/novedades/13868/la-industria-pyme-cayo-178-anual-en-julio
Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/08/26/gestion-milei-la-industria-pyme-cayo-178-anual-en-julio-y-suma-ocho-meses-consecutivos-de-caida/