“Nós, funcionários do Estado, não vamos nos deixar pisotear. Ainda temos muito pelo que lutar. Saímos de infernos mais cruéis. Se essa reforma trabalhista for confirmada nos Deputados, será inconstitucional do início ao fim”, afirmou o secretário-geral da ATE, Rodolfo Aguiar. O dirigente convocará nas próximas horas uma reunião do Secretariado Nacional para definir um novo plano de ação.
Após a aprovação da Lei de Bases no Senado, o secretário-geral da ATE Nacional, Rodolfo Aguiar, apelou a “não chorar nem lamentar” e apelou a “continuar a organizar a luta”.
“Nós, funcionários do Estado, não vamos nos deixar pisotear. Ainda temos muito pelo que lutar. Saímos de infernos mais cruéis. Se essa reforma trabalhista for confirmada nos Deputados, será inconstitucional do início ao fim”, acrescentou.
Neste contexto, Aguiar avaliou: “O apoio popular que o Governo tem para realizar as reformas e leiloar todos os bens do Estado a um preço baixo é absolutamente relativo. Com graves irregularidades e suspeitas de regalias e após empate, a lei mal saiu do Senado. Temos que continuar a aprofundar a luta, multiplicando os protestos por todo o país. Eles assumiram o comando há mais de seis meses e não conseguiram fazer tudo o que queriam. É o processo constante de luta que nos permitiu acabar com eles.”
A ATE alertou especialmente para os artigos da lei que afectam directamente o sector público, como a disponibilidade de trabalhadores permanentes nas fábricas cujas organizações fecham e não podem ser transferidos para outras áreas, podendo despedi-los sem respeitar a estabilidade, ou se for de grávida mulheres, pessoas com doenças crônicas ou que sofreram algum acidente. Além disso, as transferências serão realizadas sem acordo com o trabalhador e, caso este se oponha, também poderá ser demitido.
“Vamos convocar uma reunião de lideranças nacionais para definir um novo plano de ação. Não temos que duvidar que face ao ataque sistemático aos nossos direitos constitucionais, os instrumentos de defesa mais eficazes que nós trabalhadores teremos sempre serão a greve e a mobilização”, explicou o secretário-geral do sindicato.
Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/06/14/no-hay-tiempo-para-lamentarse-hay-que-seguir-organizando-la-lucha/