As diferentes comunidades Mapuche que sempre povoaram o que hoje é conhecido como Patagônia Argentina têm sofrido todo tipo de abusos, desde ameaças de despejos, repressões violentas, prisões e agora isto. Aprovar um protocolo de Consulta Prévia, Gratuita e Informada que exclua justamente aqueles a quem se dirige, as comunidades indígenas.
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Foi assim que na Assembleia Legislativa de Río Negro, no recente dia 28 de outubro, foi votado este polêmico Projeto de Lei 1509/24, pelo qual o Coordenador do Parlamento Mapuche Tehuelche de Río Negro e o Conselho de Desenvolvimento das Comunidades Indígenas (CoDeCi) denunciaram que este protocolo foi desenvolvido unilateralmente, sem consulta ou participação das comunidades afetadas.
É por isso que esta lei, tão importante para a real aplicação dos direitos sobre os territórios, acaba sendo um instrumento que não representa plenamente as necessidades das comunidades.
Entre as objeções, as lideranças indígenas destacam que se limita a reconhecer como “comunidades indígenas” aquelas que possuem personalidade jurídica, contrariando o que é reconhecido pela Lei Integral Indígena 2.287 em Río Negro. Desta forma, deixa os territórios das comunidades que não possuem esse estatuto jurídico numa situação muito vulnerável.
Os irmãos consideram que se trata de um “protocolo de exclusão, que serve os interesses económicos e políticos das grandes corporações, que procuram submeter os territórios a decisões rejeitadas pelas comunidades”.
Para esclarecer esta situação, ouvimos mais uma vez o trabalho do Coordenador do Parlamento Mapuche Tehuelche de Río Negro, Orlando Carriqueo. Agradecemos ao programa Encontro Informativo Viedma por este importante material.
Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/11/07/rio-negro-increible-una-consulta-sin-consulta/