Em Rosario há indignação pela absolvição de todos os policiais acusados ​​do assassinato do jovem Franco Casco, ocorrido em 2014, quando o jovem chegou da cidade de Buenos Aires, Florencio Varela, para visitar sua família.

Antes de retornar a Buenos Aires, Franco foi detido sem justa causa, levado a uma delegacia de polícia e espancado até a morte. Seu corpo apareceu boiando no rio Paraná. Pelo facto, 19 polícias, de diferentes escalões, foram a julgamento e para 14 deles foram pedidas penas de prisão perpétua. No entanto, quase nove anos depois, os desembargadores da Vara Criminal Federal Oral nº 2, Eugenio Martínez e Ricardo Vázquez, com o voto contrário do presidente da corte, Omar Paulucci, resolveram absolver todos e soltá-los.

Ramón Casco, pai do menino, lamentou a decisão e disse que não há justiça. “Imagine como posso estar ao ouvir este veredicto horrendo”, disse, mas não hesitou em garantir que continuarão a lutar para obter justiça para o seu filho.


O julgamento foi realizado na Justiça Federal por ser considerado desaparecimento forçado de pessoa. Os advogados dos autores anteciparam que irão avaliar os fundamentos que serão conhecidos em setembro e recorrerão da decisão.

A Multisetorial Contra a Violência Institucional de Rosario é uma das organizações que acompanhou a família de Franco durante esses anos. Sua referente, Julieta Riquelme, irmã de outro jovem assassinado pela polícia de Rosário, expressou a indignação que invadiu os que estavam no local aguardando a decisão.

“É vergonhoso o que acabou de acontecer aqui. Nove anos a família esperando ser informada de que tudo estava absolvido. É uma pena”, disse ele assim que a audiência terminou.

“Eles continuam nos condenando, pobres crianças. Eles continuam jogando a gente no bairro, continuam jogando a gente no rio, continuam matando a gente, atirando na gente. E continuam a condenar a pobreza. Continuam nos condenando por sermos pobres, por sermos negros, por sermos villeros”, afirmou Riquelme.

Além disso, sublinhou que vão continuar a lutar para conseguir justiça “porque não vamos habituar-nos a esta merda enquanto isto continua a acontecer”.

“Vamos recorrer, vamos chegar às últimas consequências. Faremos o que for preciso, mas haverá justiça, porque a verdade está do nosso lado. Eles prenderam Franco, torturaram-no, espancaram-no até a morte até que ele foi morto. Jogaram-no no rio, mataram-no, fizeram-no desaparecer. E haverá justiça. Nós temos a verdade, eles não têm a verdade”, insistiu.

O dia de ontem em Rosário foi marcado pela presença excessiva de forças de segurança na área do tribunal, com centenas de soldados, cercas e veículos pesados, diante de pessoas que aguardavam pacificamente uma decisão judicial.


Fonte: https://agencia.farco.org.ar/home/indignacion-por-la-absolucion-de-19-policias-acusados-del-asesinato-del-joven-franco-casco/

Fonte: https://argentina.indymedia.org/2023/07/19/rosario-indignacion-por-la-absolucion-de-19-policias-acusados-del-asesinato-del-joven-franco-casco/

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