Com o prédio cercado pela polícia e cercado por professores autoconvocados, agentes de saúde e organizações sindicais, sociais e políticas, o Senado de Salta aprovou esta quinta-feira, 1º de junho, à tarde (com apenas 11 votos positivos, 10 contra). e duas ausências) a lei antipiquete, que já havia recebido meia sanção na última terça-feira. A medida, que visa regular, controlar e limitar os protestos sociais em espaços públicos, habilita o Ministério da Segurança provincial a autorizar ou não manifestações; determina que a delegacia mais próxima seja notificada com 24 horas de antecedência, indicando o local onde ocorrerá o protesto, seu tempo de duração e quem será o responsável por ele; e também proíbe bloqueios de ruas ou vias totais. Busca controlar o conflito sindical com os educadores e a saúde, que há um mês vem ganhando massivamente as ruas de Salta. Enquanto isso, o governador Gustavo Sáenz, que em dois dias e ordenou expressamente sua aprovação em tabelas (sem prévio tratamento ou discussão em comissões), passou de anunciar superávit a afirmar que não haverá dinheiro para aumentos salariais.
O Senado de Salta aprovou na tarde desta quinta-feira, 1º de junho, a Lei Antipiquete, que já havia recebido meia sanção na última terça-feira, com apenas 11 votos positivos, 10 contra e duas ausências.
Entre os senadores que votaram a favor estão Diego Cari (Guachipas); Juan Cruz Curá (Orã); Esteban D’Andrea Cornejo (Chicoana); Emilio Durand (Capital); Marcelo Garcia (Anta); Mashur Lapad (Rivadávia); Javier Monico Graciano (Rosário de la Frontera); Sérgio Ramos (Rosário de Lerma); Alfredo Sanguino (La Candelaria); Carlos Sanz (Cerrillos); e Jorge Pablo Soto (La Viña).
Enquanto isso, os deputados que votaram positivamente pela meia sanção na terça-feira são Esteban Amat; Mabel Balderrama; Moisés Barboza; Roberto Bonifácio; Federico Canizares; Gonzalo Caro; Laura Cartuccia; Dimas Cianci; Omar Exeni; Patrícia Hucena; Maria Lopes; Antonio Otero; Patrício Penalba; Martin Pérez; Ralle Alemão; Noelia Rigo; Teodora Riquelme; Juan Esteban Romero; Juan Carlos Roque Posse; Maria Verônica Saicha; Cláudia Glória Seco; Rogélio Segundo; Daniel Segura; Ricardo Vargas; Maria del Socorro Villamayor; e Lino Yonar.
Desta forma, o governador Gustavo Sáenz conseguiu, em dois dias, a aprovação expressa em tabelas (sem prévio tratamento ou discussão em comissões de trabalho) da lei que visa regulamentar, controlar e limitar os protestos sociais na província, dando poderes ao Ministério da Justiça Provincial Segurança para autorizar ou não manifestações, e para expulsá-las com repressão policial. O projeto aprovado a todo vapor nesta semana já havia sido apresentado em abril de 2022 pela ex-legisladora nacional e atual deputada conservadora de Salta Cristina Fiore e pela deputada de Salta María del Socorro Villamayor.
Antes da fase final de tramitação do projeto, desde a noite de quarta-feira professores e organizações sociais, sindicais e políticas estavam acampados em frente ao Legislativo, que começou a ser cercado às 3 da manhã. Desta forma, o Palácio Legislativo de Salta acordou completamente cercado, com policiais e cercado por milhares de trabalhadores que se mobilizaram no marco de uma jornada massiva de protesto contra as políticas de ajuste e repressivas do governo Saénz, após as brutais repressões de maio 24 e 25, que deixaram professores feridos com balas de borracha e 19 acusados de bloquear a via.
A medida, que visa regular, controlar e limitar os protestos sociais em espaços públicos, habilita o Ministério da Segurança provincial a autorizar ou não manifestações; determina que a delegacia mais próxima seja notificada com 24 horas de antecedência, indicando o local onde ocorrerá o protesto, seu tempo de duração e quem será o responsável por ele; e também proíbe bloqueios de ruas ou vias totais.
Com efeito, no seu artigo 3.º, a lei refere que “a Autoridade de Aplicação salvaguardará o desenvolvimento pacífico do protesto ou manifestação pública, na medida em que: permita o normal funcionamento dos serviços públicos, especialmente os relacionados com a saúde, transportes públicos , educação e bombeiros; possibilitar, ainda que parcialmente, a movimentação de pessoas e/ou veículos em determinada direção; evitar a prática de crimes tipificados no código penal durante os atos de elaboração, desenvolvimento ou descentralização dos mesmos, inclusive danos ao patrimônio público ou privado; tenha sido feita a correspondente notificação, conforme determina esta Lei.”
A lei aprofunda o que já estava previsto no Decreto 91/23, publicado pelo governo Sáenz em fevereiro deste ano, pelo qual o Executivo provincial criou o “Protocolo de Atuação das Forças Provinciais de Segurança do Estado em Manifestações Públicas”.
O conflito sindical com os educadores e a saúde vem ganhando massivamente as ruas de Salta há um mês. Enquanto isso, o governador Gustavo Sáenz, que em dois dias e ordenou expressamente sua aprovação em tabelas (sem prévio tratamento ou discussão em comissões), passou de anunciar superávit a afirmar que não haverá dinheiro para aumentos salariais. Um conflito que se intensificou após a brutal repressão realizada pela polícia de Salta em 25 de maio na entrada da capital, na Rota Nacional 9.
Neste contexto, na quarta-feira, 31 de maio, a Assembleia de Professores Autoconvocados realizou uma Assembleia Provincial bimodal e aprovou por unanimidade as seguintes medidas:
“1) Ratificação do DESEMPREGO DO PROFESSOR PROVINCIAL por tempo indeterminado.
2) Exigir a DEMISSÃO DOS 19 COMPANHEIROS QUE FORAM PRESOS.
E as seguintes moções foram aprovadas pela MAIORIA:
1) CONCENTRAÇÃO em frente ao Legislativo: quinta-feira, 1º de junho, às 9h.
2) Assembleia Provincial de Ensino com formato bimodal e rotativa nos diversos Departamentos. Esclarecimento: tanto para participação presencial quanto online, será exigida a apresentação do Recibo de Salário na entrada. Pela virtualidade, será previamente organizado através de cada Delegado com seu departamento.
3) Assinatura da Nota da Assembleia Provincial de Professores Autoconvocados em REPUDIAÇÃO AO PROJETO DE LEI ANTI-PIQUETS, a ser apresentada na quinta-feira, 1º de junho, no Legislativo.
4) Só será aceita reunião com o governo se for com o governador Gustavo Sáenz.
5) Os Delegados representantes dos 23 Departamentos, com Técnicos e um Advogado, entrarão nas mesas de diálogo com o governo.
6) Destituição do Juiz Zunino.
7) Que o Movimento Docente Autoconvocado acompanhe os Colegas acusados nas diversas instâncias do processo.
8) Que o governo reconheça publicamente os Autoconvocados como os únicos representantes do Magistério. Rechaçamos a desculpa da crise, quando em época de eleições do mesmo governo manifestaram que há superávit há três anos.
9) Poderá ser convocada uma Assembleia Provincial em caráter de urgência, pois permanecemos em Estado de Alerta e Mobilização Permanente.
10) Próxima ASSEMBLÉIA DOCENTE PROVINCIAL bimodal: sábado, 3 de junho, às 16h00.
11) Conformação das Comissões da Assembleia Provincial: * Comissão de Imprensa: Naira Rivero, Santiago Garnica, Andrea Gonzalez, Limey Flores e Nanci Liendro * Comissão de Finanças (Fundo de Greve): Florencia Gasparini, Soledad Romaniello, Patricia Sivero, Sonia Guerrero , Sandra Angelo Luz Luna * Comissão de Mobilização: Marina Laguna, Olga Ramos, Marcela Romero, Ivana Rueda, Carmen Venencia, Georgia Romero, Iván Reinoso, Nahuel Riquelme, Mariano Durán
* PROFESSORES AUTOCHAMADOS DE LA RIOJA estiveram presentes, em apoio a nossa luta. TABELA DE CONDUÇÃO ATUAL: *Georgia Romero *Soledad Leiton *Mirtha Grandiller *Johana Choque *Nahuel Riquelme”.
Fonte: https://www.anred.org/2023/06/02/salta-el-senado-de-salta-aprobo-la-ley-antipiquetes-para-desativar-las-masivas-protestas-de-docentes- y-salud/
Fonte: https://argentina.indymedia.org/2023/06/02/salta-por-un-voto-el-senado-aprobo-la-ley-antipiquetes-para-desactivar-las-masivas-protestas-de-docentes-y-salud/