La resolución del Tribunal Oral en lo Criminal 3 de La Plata -integrado por los jueces Ernesto Domenech, Santiago Paolini y Andrés Vitali- confirma la gravedad extrema denunciada por la Comisión Provincial por la Memoria (CPM) en su carácter de Mecanismo local de prevención de a tortura. A denúncia centrou-se no estado do sistema de saúde no complexo prisional da Magdalena, especialmente na área de saúde da UP 28: falta de profissionais, insumos e medicamentos, condições materiais onerosas de alojamento, dificuldades dos detidos com turnos em hospitais extramuros para atendimento médico, uso de cela de contenção mecânica onde as mulheres eram amarradas, entre outros problemas graves.
A piora das condições de detenção e atendimento médico nas unidades penitenciárias do Complexo Magdalena (unidades 35, 36, 51 e 28, especialmente nesta última) foi verificada e denunciada através do habeas corpus coletivo que o CPM apresentou em sua qualidade como mecanismo local de prevenção da tortura após monitorização realizada em todas estas prisões.
Além da deterioração material e do abandono do sistema de assistência médica destas unidades, o CPM apontou o notável desconhecimento das autoridades relativamente aos diferentes sectores da saúde, uma vez que não conseguiram identificar claramente quantos profissionais de saúde dispõem ou os dias ou dias de horário de atendimento.
Neste sentido, a gestão de turnos constitui uma das maiores dificuldades no atendimento aos reclusos em instituições fora dos muros, o que é agravado pela falta de coordenação interministerial para que os hospitais de rua proporcionem turnos diferenciados aos reclusos.
As pessoas que sofrem de tuberculose (TBC) ficam alojadas na área de saúde da Unidade 28, apesar de o quarto não reunir as condições mínimas para tal. Também foi identificada a falta de cadastro e acompanhamento de pessoas com doenças crônicas e TB, falta de medicamentos psiquiátricos e de determinados insumos necessários para a realização de suturas. Também não há cadeiras de rodas e há escassez de bolsas de colostomia.
Por outro lado, relativamente à UP 51, que alberga mulheres, o CPM confirmou que na saúde existe uma pequena cela de contenção (cela do leão), sem casa de banho nem mobília, e que a contenção mecânica dos reclusos ali é uma prática comum. Por fim, indicaram que embora realizem exames ginecológicos anuais nas presidiárias, os resultados são enviados após um ano.
Em virtude destas condições regressivas, a organização solicitou ao TOC 3 de La Plata que verificasse diretamente os fatos relatados e ordenasse o fim do agravamento das condições de detenção.
Nesse sentido, ordenou o encerramento e proibição de alojamento no setor de internamento da UP 28 até que sejam adaptadas as suas instalações e o alojamento de pessoas na cela de contenção do setor de saúde da UP 51.
Os magistrados, após realizarem diversas medidas de produção de provas – entre elas, a visita pessoal às unidades penais, a solicitação de informações sobre pessoal médico, fornecimento de medicamentos, detentos com doenças crônicas, entre outros pontos – confirmaram as condições extremas indicadas na reclamação. Com base nisso, determinaram que a sala de internação da UP 28 não é um local adequado para acomodar pessoas e muito menos para internação de pessoas em tratamento de TB.
Em relação ao CASP-28 (Centro de Saúde Penitenciária) resolveram: “concordamos com o que foi afirmado pelos representantes da Comissão de Memória, pois ao realizar a fiscalização pudemos observar um espaço em perfeitas condições de construção, aquecido, com alta tecnologias, que conta com vinte e quatro celas, ou seja, vinte e quatro salas de internação, com a ressalva de que está em desuso, sendo um absurdo absoluto.”
Perante o contraste entre a deterioração dos centros de detenção e a possibilidade de utilização de salas completamente novas e equipadas, os juízes deram ao Ministério da Justiça um prazo de 60 dias para resolver os problemas operacionais do CASP.
Notou-se também a dificuldade dos funcionários penitenciários em garantir a transferência dos detidos para hospitais extramuros com turnos programados, devido ao número de transferências por dia e à falta de telemóveis e de pessoal de segurança, razão pela qual os magistrados solicitaram ao Ministério um plano . de trabalho neste ponto.
Por fim, relativamente à cela de contenção na área de saúde da UP 51 e às práticas de contenção mecânica, os magistrados não detetaram nenhuma mulher detida que aí estivesse alojada no dia da fiscalização pessoal e direta. Contudo, para evitar tratamentos cruéis e desumanos, orientaram o SPB a abster-se de realizar qualquer tipo de prática de contenção mecânica dentro da referida cela.
Fonte: https://www.andaragencia.org/clausuran-sala-de-internacion-y-celda-de-sujecion-mecanica-de-mujeres/
Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/08/01/unidad-28-del-spb-clausuran-sala-de-internacion-y-celda-de-sujecion-mecanica-de-mujeres/