Após a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais na Venezuela, setores da direita procuram gerar um cenário de desestabilização no território nacional.

Durante a proclamação como presidente reeleito na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em Caracas, o presidente denunciou que há uma tentativa de impor, mais uma vez, um golpe de Estado de natureza fascista e contrarrevolucionária.

É “uma espécie de filme Guaidó 2.0”, afirmou perante os mais de 900 observadores internacionais presentes, o corpo diplomático credenciado e as autoridades dos poderes do Estado, entre outras personalidades.

Segundo suas declarações, “é o mesmo filme, com roteiro semelhante ao vivido em 2019, em que os protagonistas são os mesmos, por um lado, o povo que quer a paz e, por outro lado, elites repletas de um projeto contra-revolucionário, fascista, ligado ao império americano”.

Ações violentas como parte de uma estratégia de desestabilização

A vice-presidente executiva da Venezuela, Delcy Rodríguez, denunciou em publicação na plataforma X as ações do “facismo contra o povo humilde”.

Sua mensagem acompanhada de um vídeo mostra cenas de violência nas ruas do país onde um cidadão chavista é “vítima dos fantoches dos planos estrangeiros”.

Por sua vez, o ministro do Poder Popular para os Transportes, Ramón Celestino Velásquez Araguayán, rejeitou os atos de vandalismo dos fascistas liderados por María Corina Machado que incendiaram um trem na cidade de Guacara, estado de Carabobo.

“A lei virá até você! Não vamos permitir que destruam o país! “Eles não conseguirão!”, ele garantiu.

O presidente da Assembleia Nacional e chefe do Comando de Campanha Venezuela Nuestra, Jorge Rodríguez, garantiu que “o plano do fascismo nunca foi uma proposta eleitoral, mas sim encher de violência as ruas do país”.

Durante uma aparição perante a mídia, o político venezuelano garantiu: “o que a oposição está tentando fazer com seus apelos à violência, Capriles já fez em 2013”.

Lembrou que “a extrema direita alegou fraude em todos os eventos eleitorais que perdeu desde 2004”, porém, nunca conseguiu apresentar provas.

A este respeito, afirmou que “nenhum governo estrangeiro vai impor qualquer resultado diferente daquele dado pelo Conselho Nacional Eleitoral”.

Por fim, apelou ao povo venezuelano para que realize grandes marchas a partir de terça-feira para defender a paz e a soberania nacional.

Com um apelo aos cidadãos e às forças políticas para que mantenham a calma, o Ministro da Defesa, Vladimir Padrino, pediu às pessoas que “permaneçam no jogo democrático”.

Não vamos falhar com aquelas pessoas que ontem votaram pela Paz. Ele escreveu em seu relato no X.

O Procurador-Geral da Venezuela, Tarek William Saab, informou que “já existem numerosos detidos em todo o país pela execução de atos de vandalismo”.

Alertou que sob a gestão deste órgão, o Ministério Público punirá com a pena máxima quem pretender repetir as guarimbas impunes e assassinas de 2014 e 2017.

Condenação internacional à violência promovida pela extrema direita na Venezuela

O Ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, informou que mais de 100 organizações sociais e políticas, de todos os continentes, celebraram o processo eleitoral democrático realizado em 28 de julho.

Através de um comunicado, os observadores “reconheceram o trabalho do árbitro eleitoral, bem como os resultados emitidos por esta entidade, e apelaram à condenação da violência promovida e gerada pela extrema direita venezuelana, internacional e imperial”.

Neste contexto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia instou “as forças políticas dentro e fora da Venezuela a absterem-se de ações provocativas que possam perturbar a situação na nação sul-americana e minar a segurança regional”.

Enquanto o Ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, ratificou a solidariedade e o apoio à Venezuela diante do cerco imperialista, da ingerência externa, do ataque da direita e da manipulação midiática e política”.

Fonte: Almayadeen.


Fonte: https://www.resumenlatinoamericano.org/2024/07/29/venezuela-sectores-de-derecha-intentan-imponer-un-golpe-de-estado-2/

Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/07/30/venezuela-sectores-de-derecha-intentan-imponer-un-golpe-de-estado/

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