Nas últimas terça e quarta-feira, 12 e 13 de março, a Assembleia Universitária da Universidade Nacional de Comahue voltou a reunir-se depois de mais de dez anos e, entre outros assuntos, realizou uma votação, que foi a favor, com 208 votos positivos, da incorporação do Intercultural, Perspectivas de gênero e ambientais.


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A Reitora Beatriz Gentile afirmou no seu discurso de abertura que, desde a elaboração do estatuto até hoje, “a agenda dos problemas e das reivindicações da sociedade tem-se multiplicado, bem como o surgimento de novas configurações socioculturais. Tudo isso exige ser lido e pensado a partir de outros horizontes conceituais. E é precisamente isso que faremos hoje aqui reunidos”, expressou.

O dia em que esta decisão foi apresentada foi numa reunião onde participaram principalmente membros da Confederação Mapuche de Neuquén, cujo importante trabalho resultou nesta mudança de perspectiva da Universidade de Comahue.

Desta forma, esta mudança de políticas fez desta Universidade a primeira do país a incorporar a interculturalidade nas suas salas de aula. É um momento histórico, não só para a Universidade, para as Províncias de Río Negro e Neuquén, e em geral para o Povo Mapuche Tehuelche, que desta forma terá a possibilidade de trocar conhecimentos e resultará como uma medida reparadora para o diferentes injustiças que sofreu como povo indígena desde tempos muito distantes.

Os irmãos e irmãs Mapuche Tehuelche reconheceram a coragem e a decisão política dos membros da assembleia, do Conselho Superior e do Reitor Gentio, que apesar do contexto dramático em que vivem como país, optaram por levar a cabo esta política.

É por isso que agora temos o depoimento de Meli Cabrapan Duarte, kona da Confederação Mapuche de Neuquén e pesquisadora do CONICET-UNCO.

Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/03/24/la-universidad-nacional-del-comahue-es-pionera-en-reconocerse-intercultural/

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