Numa enorme sessão plenária federal, mais de 1.000 delegados votaram unanimemente a favor da medida. “Nós, autoridades estaduais, decidimos aprofundar nosso plano de luta. Vamos mobilizar-nos para acabar com esta tentativa de reduzir o Estado à sua expressão mínima”, afirmou Rodolfo Aguiar, Secretário-Geral da ATE a nível nacional. O sindicato declarou-se em alerta máximo para mais de 70 mil trabalhadores que poderiam ser demitidos em 31 de março.

A Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) decidiu mobilizar esta sexta-feira às 12h00 o Ministério do Capital Humano em alerta para os mais de 70 mil vínculos laborais que o Governo poderá terminar no dia 31 de março. “Aquele liderado por Sandra Pettovello é o Ministério do Desmantelamento do Estado, da Destruição do Povo. Na verdade é o Ministério Desumano”, disse o secretário-geral do sindicato, Rodolfo Aguiar.

“Numa sessão plenária massiva e por unanimidade, nós, funcionários do Estado, decidimos aprofundar o nosso plano de combate. Vamos mobilizar-nos para acabar com esta tentativa de reduzir o Estado à sua expressão mínima. No dia 31 de março expiram mais de 70 mil contratos de trabalho. Exigimos a sua continuidade e regularização”, explicou o dirigente.

São contratos que quando a actual gestão assumiu foram prorrogados por um período de apenas 90 dias, que termina no final do mês, e o sindicato exige a renovação automática de todos os trabalhadores desde que tenham 10, 15 e até mais de 20 anos de antiguidade no Estado.

“Que ninguém pense que da ATE saímos às ruas para defender direitos corporativos ou proteger privilégios. Na defesa de cada emprego, o que defendemos na verdade são políticas públicas. Defendemos um Estado que em tempos de crise profunda como a que atravessamos é mais necessário do que nunca”, indicou o deputado estadual.

Aguiar garantiu que “o Estado não está superpovoado de trabalhadores” e explicou: “O que existe são alguns vivos que querem viver disso, e um exemplo é o que aconteceu no fim de semana com uma central política que brincava de esconde-esconde. Ele queria aumentar sua renda de um milhão de dólares. “Essa é a verdadeira casta que, chefiada pelo Presidente, começa a aparecer.”

“Todas as medidas económicas do Governo estão a causar um empobrecimento acelerado dos trabalhadores do sector público e dos reformados. Exigimos uma recomposição salarial acima da evolução dos preços. É claro que a política do Governo é a erradicação de direitos, a eliminação de empregos e a destruição dos rendimentos de toda a população. E isso não se enfrenta com o diálogo, se enfrenta com a luta nas ruas. Fim”, concluiu o líder nacional parafraseando o porta-voz presidencial, Manuel Adorni.

A decisão de mobilizar o Ministério do Capital Humano surge dos vários anúncios desta pasta que ameaçam a plena funcionalidade do Estado, como os cortes na Agência Nacional da Deficiência (ANDIS), a ameaça de encerramento do INADI, do Télam, dos 57 Centros de Referência do antigo Ministério do Desenvolvimento Social, e de outras empresas estatais.

Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/03/13/ate-movilizara-este-viernes-al-ministerio-del-desguace-del-estado/

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