A queda do salário médio registado desde o segundo governo de Cristina Fernández de Kirchner – o seu ponto mais alto nos últimos 30 anos – acelerou brutalmente com as medidas tomadas por Javier Milei e Luis Caputo e já está 10% abaixo da linha da pobreza.
O Mirador de Actualidad del Trabajo y la Economía (MATE) apresentou um relatório sobre a situação salarial no Plenário de Delegados da Federação dos Trabalhadores do Complexo Industrial de Oleaginosas, Descaroçadores de Algodão e Trabalhadores Afins da República Argentina.
Revela uma realidade devastadora: o salário médio no sector privado caiu abaixo do limiar da pobreza.
Quando o governo Mauricio Macri tomou posse, em dezembro de 2015, depois de cobrir a cesta de pobreza, restavam 36% do salário.
Sob a sua gestão este “superávit” caiu para 10% e depois caiu para 7% no final do governo de Alberto Fernández.
Milei conseguiu garantir que o salário médio não fosse suficiente para escapar da pobreza.
O relatório, baseado em dados do Sistema Integrado de Pensões Argentino (SIPA) e do Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (INDEC), afirma que a perda de renda acumulada por cada trabalhador registrado no setor privado equivale a 13 milhões de pesos de dezembro de 2015 até o presente.
Essa perda agravou-se no atual governo: no mês passado foi equivalente a 300 mil pesos por cada assalariado do setor privado formal.
O salário real médio da economia, tanto pública como privada, vinha se recuperando desde o início de 2023.
A fragilidade da economia devido à seca e à vitória de Milei na PASO, tornou-a vulnerável às pressões cambiais dos grupos de poder. Através da desvalorização, os salários começaram a cair.
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Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/04/22/demolicion-de-los-ingresos-el-salario-privado-promedio-ya-es-un-salario-de-pobreza/