A escola Museo de Bellas Artes, que abriga pinturas do pintor, é invadida por roedores. Já comeram cadernos e tapetes. Um Mapa do Rato criado pela deputada Laura Velasco recebeu mais de 40 denúncias. Segundo o GCBA, as pragas são consequência de “todas as obras realizadas pela Prefeitura”.

Por Martín Suárez @MDSuarez

“Começamos a semana com dez recomendações para manter as pragas longe de nossas casas”, anunciou em suas redes a empresa Samav 1 Fumigaciones, uma das muitas que trabalham para a Prefeitura e aconselham o que na prática não conseguiu resolver: ela é encarregado de desratizar em Caballito. Há poucos dias, na escola Huergo daquele bairro, um aluno do quarto ano foi mordido por um rato.

A invasão de roedores em prédios educacionais de Buenos Aires é um fato: eles estão presentes em 62 instituições que funcionam em 34 prédios. Isso se reflete no Mapa do Rato, iniciativa promovida pela deputada Laura Velasco (FdT) que já recebeu 40 denúncias.

Os ratos estão em 16 dos 21 distritos escolares. Desde escolas de Educação Especial como a nº 7 DE 19 Juan XXIII de Villa Soldati até a Escola de Belas Artes do Museu General Urquiza, a mais antiga da cidade, fundada em 1818 e que possui pinturas de Quinquela Martín, que correm o mesmo risco que as tapetes e cadernos dos meninos: sendo comidos por roedores.

Colchão comido por ratos na Escola de Belas Artes do Museu Gral. Urquiza.

Os ratos estão em 16 dos 21 distritos escolares. Desde escolas de Educação Especial como a nº 7 DE 19 Juan XXIII de Villa Soldati até a Escola de Belas Artes do Museu General Urquiza, a mais antiga da cidade, fundada em 1818 e que possui pinturas de Quinquela Martín, que correm o mesmo risco que as tapetes e cadernos dos meninos: sendo comidos por roedores.

Nesta quinta-feira, pais e professores da Escuela Museo de Bellas Artes nº 1 e do jardim de infância JIN “A” do DE 12, cortaram a Avenida Rivadavia e Fray Cayetano Rodríguez no bairro de Flores, para tornar visível a invasão de ratos sofrida pelas escolas e repudiar a falta de respostas da administração de Rodríguez Larreta.

Cerca de 270 alunos frequentam o local e muitas famílias decidiram não continuar enviando seus filhos. Os ratos comeram os cadernos e livros dos alunos, tapetes, encheram os setores públicos de excremento e até uma menina da primeira série pegou um mouse com a mão.

No local você pode encontrar valiosas obras do pintor argentino Benito Quinquela Martín e outros artistas destacados. Do corpo docente destacam que as peças estão em perigo, mas de momento não houve medida de proteção.

“Las familias estamos desesperadas, venimos denunciando la presencia de ratas desde febrero cuando iniciaron las clases, pero desde la semana pasada la situación se hizo insostenible cuando aparecieron ratas y excrementos por todos lados”, cuenta a Tiempo Diana Quintana, presidenta de la cooperadora de a escola.

A direção fez tudo o que estava ao seu alcance: levou cada reclamação à fiscalização e solicitou a correspondente desratização. “A princípio o ministério mandava cinco ou seis caixas com iscas, mas os ratos continuavam aparecendo. Pedimos-lhes que façam um extermínio profundo. Trouxeram cerca de 28 caixas na sexta-feira da semana passada, deixaram-nas durante todo o fim-de-semana prolongado, retiraram-nas na terça-feira, mas continuamos na mesma situação ou pior, porque na quarta-feira uma rapariga apanhou um rato com a mão”. ele adiciona.

Uma fonte governamental argumentou a este meio que “as pragas são consequência de todas as obras realizadas pela Câmara”. Mas o Executivo não tem um plano para erradicá-los nem destinou itens extras para essa questão.

Museu Gral Urquiza Escola de Belas Artes

O Mapa do Rato

Desde o ano passado, a Comissão de Educação do Legislativo recebe denúncias da comunidade educacional sobre as condições de construção das escolas públicas e sobre a presença de pragas como ratos e escorpiões.

“Como legislador, realizei vários projetos solicitando relatórios e quando não obtive resposta fiz um Rat Map colaborativo para que as denúncias continuem chegando, possamos comprová-las e depois exigir o controle de pragas do Ministério da Educação”, diz o deputado Velasco.

Nos primeiros dias o Mapa chegou a 20 reclamações. Atualmente chegam a 40: “Os estabelecimentos com ratos funcionam em 34 prédios diferentes e abrangem 62 instituições da gestão pública estadual de níveis obrigatórios de ensino. As denúncias provêm de 16 dos 21 distritos escolares, e têm uma distribuição relativamente homogênea (entre norte e sul), o que indica que atingem diferentes bairros da Cidade. Há também duas denúncias em instituições privadas.

Ratos nas escolas de Buenos Aires.

A maioria das escolas vem denunciando a presença de ratos desde o início das aulas. “Continuamos a encontrar excrementos e ratos andando como se nada tivesse acontecido, em plena luz do dia, a qualquer hora”, comenta Laura Spiatta, professora do Comercial 19 em Caballito, ao Tiempo.

Antes do aparecimento de roedores, o protocolo que se aplica é o mesmo em cada escola: as autoridades são notificadas por ordem hierárquica, depois a supervisão escolar, que envia para a área de Manutenção Educacional da CABA. “Passamos todos os dias levantando notas dizendo exatamente onde os encontramos e desde a Supervisão continuam com a ideia de que as aulas não podem ser suspensas –reclama o professor–. Até o momento, eles realizaram quatro desratizações nesta escola, mas obviamente não estão dando resultados. Até mudaram de empresa. E nada”.

Cadernos comidos por ratos no Museu Escola de Belas Artes.

A mordida para o aluno Huergo

O número de reclamações aumentou depois que surgiu a notícia de que um aluno do quarto ano da Escola Técnica Nº 9 Engenheiro Luis Huergo de Caballito havia sido mordido por um rato. “Denunciamos várias vezes, até fizemos protestos para que nos ouvissem. Na sexta-feira da semana seguinte decidiram fazer uma desratização durante todo o fim de semana prolongado. Na terça-feira, os alunos e as famílias foram convocados para visitar a escola”, descreve a Tiempo León Arriola, presidente do Centro de Alunos da Técnica 9.

O jovem afirma que, até agora, não voltaram a ver os ratos como nas outras ocasiões, mas que há excrementos em vários locais. «Os colegas viram cocô de rato no banheiro, nos corredores e nos dutos de ventilação das salas de aula. Parece que eles não foram embora.”

Diante de uma situação que não para, e que continua se agravando nas escolas de Buenos Aires, anunciaram a realização de uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira às 19h.

Até na Escola Especial Juan XXIII denunciaram a presença de roedores.

Fonte: https://www.tiempoar.com.ar/informacion-general/quinquela-martin-ratas-ciudad/

Source: https://argentina.indymedia.org/2023/05/08/ni-quinquela-martin-se-salva-de-las-ratas-ya-estan-presentes-en-62-instituciones-educativas-de-la-ciudad-de-buenos-aires/

Deixe uma resposta