Diante dos ataques do Executivo Nacional, nosso povo precisa e exige unidade, afirmaram as mais de 80 organizações que compõem a Rede Federal de Defesa dos Direitos Humanos e da Democracia. Apelaram à realização de uma marcha única e de um ato único no dia 24 de março, relegando as divergências que durante anos a impediram.

Ilustração: Juan Cruz Fuchs. Publicado no número 117 “Milei, no” da Revista Cítrica.

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NOSSO POVO PRECISA E EXIGE UNIDADE, NÃO PODEMOS ESPERAR ENQUANTO O NEOFASCISMO AVANÇA

A Rede Federal de Defesa dos Direitos Humanos e da Democracia repudia veementemente as expressões de reivindicação da Ditadura Cívico-Militar e negacionistas do Genocídio, expressadas pelo Presidente da Nação durante o discurso de abertura das sessões legislativas ordinárias, ironizando a memória do 30.000 camaradas detidos-desaparecidos e a dor das suas famílias, isto, poucos dias antes do novo aniversário do fatídico golpe militar. Fazemos, portanto, um apelo público à unidade na ação a todo o campo popular para o próximo dia 24 de março.

Fotos: Plenária da Rede na última quinta-feira, 29 de fevereiro.

Este novo ataque é precedido pelas anunciadas dissoluções de duas organizações criadas por lei, como o Instituto Nacional contra a Discriminação, Xenofobia e Racismo (INADI) e o Instituto Nacional de Assuntos Indígenas (INAI), e também a Agência Nacional da Deficiência (ANDIS), enquanto são comuns os ataques e insultos de Javier Milei contra qualquer grupo organizado, minoria social ou adversário político, mesmo um artista popular, que expresse desacordo com as suas políticas, chegando ao ponto de usar a síndrome de Down para se referir a ela de forma insultuosa. líderes provinciais. O mesmo, com o encerramento da Agência Nacional de Notícias (TELAM), que orgulhosamente anunciou no seu discurso.

Da mesma forma, o Poder Executivo pretende proibir a ‘Linguagem Inclusiva’ e a perspectiva de Gênero em todo o Estado enquanto continuam os ataques do partido no poder contra os direitos e os avanços alcançados pelas mulheres, as diversidades e as dissidências, como o esvaziamento das instituições dedicadas a garantir. desses direitos – em especial, aqueles que visam conter a violência de gênero -, ou como o projeto de revogação da Lei de Interrupção Voluntária da Gravidez (IVE), entre outros. Neste quadro, a partir da Rede, também apelamos à participação massiva na Greve Internacional das Mulheres e à mobilização para o Congresso Nacional no dia 8 de março.

Estes diferentes ataques ocorrem no meio de uma situação económica premente como resultado do actual Plano de Governo, que não é outro senão aquele já implementado por Martínez de Hoz durante a referida Ditadura Cívico-Militar e pelos governos neoliberais que se alternaram desde então. então. É o Plano para saquear os nossos bens naturais comuns e desmantelar o Estado, ao mesmo tempo que nos empobrece ainda mais, liquefazendo os nossos rendimentos e piorando as condições de trabalho e de vida das maiorias populares.

Diante deste grave contexto, as mais de 80 organizações que compõem a Rede Federal de Defesa dos Direitos Humanos e da Democracia, apelam aos diferentes espaços para que convoquem uma marcha única e um evento único no dia 24 de março. Verdade e Justiça, relegando as diferenças que durante anos o impediram, aprofundando o diálogo fraterno necessário para isso, e colocando-nos à disposição para colaborar com esse objetivo elevado e urgente. Esta mobilização deve ser um marco de resistência e unidade do nosso povo para enfrentar o Plano deste Governo tal como foi no dia 24 de Janeiro.

Lista de organizações que assinam a declaração:

– Federação Judiciária Argentina (FJA)
– Associação Americana de Juristas (AAJ)
– Central Operária da Argentina – Autônoma (CTA-A Nacional)
– Justiça Legítima
– Associação dos Advogados Laborais (AAL)
– Liga Argentina pelos Direitos Humanos (LADH)
– Assembleia Permanente para os Direitos Humanos (APDH)
– Serviço Paz e Justiça (SERPAJ)
– Centro de Estudos Jurídicos e Sociais (CELS)
– Coordenador de Combate à Repressão Policial e Institucional (CORREPI)
– Liberdade
– HIJOS Capital
– CRIANÇAS Cidade de Buenos Aires
– Irmãos Desaparecidos pela Verdade e Justiça
– Irmãos de Detidos, Desaparecidos e Assassinados pelo Terrorismo de Estado
– Associação de Ex-Detentos Desaparecidos (AEDD)
– Instituto Espaço da Memória (IEM)
– Linha Fundadora Mães da Plaza de Mayo de Tucumán
– Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE Nacional)
– Confederação Latino-Americana e Caribenha dos Trabalhadores do Estado (CLATE)
– Associação Latino-Americana de Advogados Trabalhistas (ALAL)
– Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho (ALTJ)
– A Associação de Advogados da República Argentina
– Corrente de Advogados Trabalhistas “7 de Julio”
– Advogados Trabalhistas de Rosário
– Juízes da Doutrina Franciscana
– Grupo de sacerdotes em opção pelos pobres
– Movimento Ecumênico pelos Direitos Humanos (MEDH)
– Pastoral Social Evangélica (PSE)
– Instituto EnFoco de Políticas sobre Crime, Segurança e Violência
– Comissão de Defesa da Saúde, Ética e Direitos Humanos (CODESEDH)
– Coordenador Argentino de Direitos Humanos (CADH)
– Coordenador Antirepressivo dos Direitos do Povo (CADEP)
– Apelo Judaico Argentino
– Fundação Interativa para Promoção da Cultura da Água (FIPCA)
– Federação Territorial Nacional (FENAT)
– Federação dos Trabalhadores da Energia (FETERA)
– Federação Nacional de Professores Universitários, Pesquisadores e Criadores – Histórico (CONADUH)
– Confederação Geral dos Aposentados, Pensionistas e Idosos
– Coordenação Nacional de Aposentados e Pensionistas
– Secretaria de Direitos Humanos da UTEP
– Frente 22 de Agosto
– CTA-A Pcia.Bs.As.
– CTA-A Capital
–ATECapital
– ATTAC Argentina
– Fundação para Pesquisas Sociais e Políticas (FISYP)
– Rede em Defesa da Humanidade
– Movimento Federal pela Soberania Nacional (MFSN)
– O Grito do Sul
– Corrente Nacional Martin Ferro
– Campanha Nacional pela Reforma Judiciária Feminista
– Geração de Projeto
– Coletivo Andino
– Frente dos Advogados Populares (FAP)
– Nasce um direito
– Frente de Advogados da AABA
– Corrente dos Advogados de Buenos Aires
– Campanha Nacional pelo Direito ao Aborto Legal, Seguro e Gratuito – CABA Regional
– Associação de Profissionais de Direção Cénica Argentina (APDEA)
– Grupo de Litígios de Rede de Mídia Digital
– Comissão de Administração da Justiça do Instituto Pátria
– Comissão de Inclusão e Desenvolvimento Social do Instituto Pátria
– Sociedade Argentina de Bioética e Direitos Humanos.
– Rede Argentina de Bioética
– Grupo de Pesquisa Faculdade de Filosofia e Letras
– Associação Cidadã pelos Direitos Humanos (ACDH)
– Monitor de Respostas Repressivas ao Protesto Social do IEF-CTAA
– Secretaria Nacional de Direitos Humanos da CTA-A
– Secretaria de Direitos Humanos CTA-A Capital
– Congresso ATE
– Secretaria de Direitos Humanos do Município de Avellaneda
– Diretoria de Direitos Humanos do Município de Moreno
– Quilmes Memória Coletiva, Verdade e Justiça
– Espaço de Memória Vice-Rei Ceballos
– Direitos Humanos San Oscar Romero Ilha Maciel
– Associação de Advogados de Buenos Aires
– Advogados Peronistas de Moreno
– Associação Civil Moreno pela Memória (MxM)
– Federação de Cooperativas e Mútuas do Oeste da província de Buenos Aires (FEMOBA)
– Cooperativa de Comunicação CARTA
– Defesa Feminista
– Mirante do Patrimônio Cidadão – Regional La Plata-Berisso-Ensenada
– Unidxs x La Cultura – Regional La Plata-Berisso-Ensenada
– Centro de Pensamento Jurídico Crítico
– Liga Internacional das Mulheres pela Paz e Liberdade – Secção. Argentina (WILPF/LIMPAL)
– Associação Educação e Solidariedade-França

📢 “NOSSO POVO PRECISA E EXIGE UNIDADE, NÃO PODEMOS ESPERAR ENQUANTO O NEOFASCISMO AVANÇA”

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Fonte: https://argentina.indymedia.org/2024/03/03/no-podemos-esperar-mientras-el-neofascismo-avanza/

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